o grupo

trajetória

Nossa trajetória

 

 

O grupo de teatro Boca de Baco foi criado em fevereiro de 1990, a partir de uma oficina com um grupo de bancários, coordenada pelo ator e diretor André Luiz Lopes. A oficina resultou na primeira montagem do grupo, “Amores de Moraes”, uma criação coletiva baseada na vida e obra do poeta Vinícius de Moraes. O espetáculo teve apresentações em festivais de Londrina, Curitiba e Maringá.

 

No ano seguinte, o Boca estreou seu segundo trabalho. Em “Cartas Marcadas: Classe B”, também uma criação coletiva, os atores pesquisaram e percorreram diversas fases de concepção de uma montagem: desde roteiro, passando pelo texto, até as músicas, letras e coreografias. Destacam-se apresentações em festivais de Londrina, Curitiba, Foz do Iguaçu, Ibiporã, Cascavel (PR) e Presidente Prudente (SP).

 

Durante a temporada de “Cartas Marcadas”, o grupo montou, em 1992, o terceiro trabalho: “Pornophonias”, uma colagem de poemas baseada no livro “Poesia Erótica em Tradução”, de José Paulo Paes. Voltada a espaços alternativos como bares, escolas, livrarias e praças públicas, a montagem foi apresentada em Londrina, Foz do Iguaçu e Florianópolis (SC).

 

O conto “Miserère”, do espanhol Gustavo Adolpho Bécquer, serviu de base para o novo espetáculo, “In Peccatis”, que estreou em 1993 e foi apresentada em Londrina (incluindo a Mostra Regional do Filo) e Umuarama.

 

texto “Palhaços”, do dramaturgo paulista Timochenco Wehbi, foi o quinto espetáculo do Boca de Baco, montado em 1994. A montagem foi levada a Londrina, Curitiba, Maceió (AL) e Presidente Prudente (SP).

 

Também em 1994 estreou a sexta montagem do Boca de Baco: “Dois Contos”, uma adaptação das obras “O Rouxinol e a Rosa”, de Oscar Wilde, e a “Terra Onde não se Morre Nunca”, de Ítalo Calvino. O espetáculo, que mesclava atores e bonecos em cena – foi levado a ruas, escolas, praças públicas e bairros da periferia de Londrina e cidades como São José dos Campos (SP) e Angra dos Reis (RJ).

 

Plínio Marcos em Londrina 

 

Em setembro de 1996, o Boca de Baco estreou “O Abajur Lilás”, de Plínio Marcos. A montagem deu sequência ao projeto iniciado com “Palhaços”, no qual o grupo buscou uma nova relação com o espaço cênico e o público, com o objetivo de levar o teatro para espaços não convencionais e novas plateias.

 

O Abajur Lilás” foi apresentado até o final de 1997, mas em agosto do ano seguinte o grupo remontou a peça com elenco modificado. Para a reestreia o Boca de Baco promoveu a vinda de Plínio Marcos para Londrina. O dramaturgo santista assistiu à reestreia do espetáculo. A montagem foi levada a palcos de Londrina, Curitiba e Guarapuava (PR).

 

Em 2001, o Boca de Baco iniciou uma fase de transição em busca de sua profissionalização. O primeiro passo, após a pesquisa de textos, foi convidar o diretor paulista Luiz Valcazaras para dirigir a montagem da peça “Fando e Lis”, do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal. A experiência também traria uma nova linha de trabalho, baseada no processo Núcleo de Investigação Teatral, desenvolvido por Valcazaras.

 

O grupo levou o espetáculo para uma curta temporada em São Paulo,  para o Fetacam – Festival de Teatro de Campo Mourão (PR), Feteco (Festival de Teatro do Centro Oeste, em Guarapuava-PR), Festival de Teatro de Cascavel, Festival de Teatro Isnard Azevedo, em Florianópolis (SC), e Festival Recife (PE) do Teatro Nacional. Em 2002, o grupo foi convidado para apresentar “Fando e Lis” em Bauru-SP, no FILO – Festival Internacional de Londrina, e selecionado para o Fentepp (Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente – SP).

 

Também em 2002, o Boca de Baco elaborou um projeto de pesquisa intitulado “Contadores de Imagens”, sob coordenação geral de Luiz Valcazaras. Doze pessoas (atores e não-atores) foram convidadas para desenvolver o processo juntamente com os atores do Boca de Baco. A proposta do NIT foi desenvolver o processo pesquisado por Valcazaras há mais de 10 anos, com base na oralidade do contador de histórias.

 

Depois de sete meses de trabalho, o grupo fez uma experiência prática do processo com a montagem de fragmentos da peça “Esperando Godot”, de Samuel Beckett.

 

Em 2003, montou um projeto baseado no “Contadores de Imagens”, com texto de Marcos Losnak e direção de Luiz Valcazaras. “Balada de um Poema” realizou temporadas em Londrina e integrou a programação do Festival Internacional de Londrina (FILO).

 

processo de montagem do décimo espetáculo iniciou em 2005, com direção do mineiro Marcelo Bones e dramaturgia do jornalista e roteirista londrinense Francelino França. A estreia de “Último Inverno” ocorreu em maio de 2006, na Usina Cultural. Em junho, o grupo foi convidado a mostrar o espetáculo na 39ª edição do Festival Internacional de Londrina (FILO).

 

Núcleo de Investigação Teatral

 

Em 2007, o Boca de Baco deu continuidade ao processo de pesquisa do NITe, abrindo o grupo para novos integrantes com a oficina “Imagens e Histórias”, realizada no mês de abril, na Vila Usina Cultural. Durante o ano, o núcleo trabalhou na investigação do processo do contador de histórias.

 

Em 2009, já como parte das atividades comemorativas de 20 anos do Boca de Baco em 2010, o grupo realizou uma nova vivência teatral “Imagens e Histórias” (na Vila Usina Cultural).

 

proposta era de compartilhar sua pesquisa desenvolvida nas investigações cênicas realizadas ao longo dos últimos oito anos. Com isso, o Boca de Baco também possibilitou a abertura do núcleo teatral a interessados em participar da pesquisa e das atividades do grupo.

 

Para comemorar os 20 anos de trajetória, o Boca de Baco montou o clássico “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, com direção de Luiz Valcazaras. O espetáculo estreou em maio de 2010, no Teatro da Usina Cultural, em Londrina, cumprindo temporada de um mês. A montagem está na programação do Festival Internacional de Londrina, em junho. O grupo também foi convidado a participar do Festival Julho Cultural, em Jaú (SP).

 

Em agosto, ainda em comemoração aos 20 anos, o grupo fez uma nova homenagem a Vinicius de Moraes – nos 30 anos de morte do poeta e compositor – com a performance “Amores de Moraes”, reunindo elenco do Boca de Baco com músicos e atores convidados. Ainda em 2010, o Boca de Baco realizou mais uma temporada em Londrina, no Teatro da Usina Cultural.

 

Em fevereiro de 2011, o grupo realizou mais uma oficina de iniciação teatral na Usina Cultural, espaço onde dá sequência à sua pesquisa teatral.

 

Em 2012,  o Boca de Baco participou, junto ao Núcleo Artístico da Usina Cultural e convidados, do ciclo de leituras de peças de Nelson Rodrigues, com “Viúva, Porém Honesta”, em apresentação aberta ao público., e retornou aos palcos com “Navalha na Carne”. As atividades integraram o calendário de festividades dos 10 anos da Usina Cultural.

 

Projeto 30 e Uns

 

Em 2015, o grupo retomou o projeto Reorganização da Memória do Boca de Baco. Seus integrantes também desenvolveram textos dramáticos e experiências na área audiovisual, que resultaram em leituras ao público. 

 

Desde 2018, o grupo vem se reunindo com antigos integrantes, artistas e outros convidados para fazer leituras de textos clássicos da mitologia grega no grupo de estudos Bacantes, base para o novo trabalho, em comemoração aos 30 anos de trajetória. 

 

O projeto comemorativo BOCA DE BACO 30 ANOS, formatado em 2019, é patrocinado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), tradicional apoiadora da cultura e dos eventos do Boca. O projeto também prevê a realização de oficina, bar cultural e outras atividades. 

 

O novo espetáculo tem dramaturgia de Renato Forin Jr., a partir de histórias do grupo e da mitologia grega, e direção de Luiz Valcazaras. Com a pandemia, o grupo tem dado sequência ao processo de pesquisa, dramaturgia e montagem em encontros e ensaios virtuais.