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Foi em 1992. Lembro que a gente queria uma peça-pocket, que pudesse ser levada pra qualquer lugar, sem muita produção. Algo que fosse divertido e ao mesmo tempo provocador. Foi então que levei o livro “Poesia Erótica em Tradução”, uma antologia de poemas cheios de erotismo, malícia e bom humor, selecionados e traduzidos pelo José Paulo Paes. Pintou a ideia de uma intervenção com os poemas, falados por “alunos e alunas” na hora do “recreio”, como se estivessem participando de uma brincadeira “proibida” ou descobrindo um “brinquedo” novo. Aos poemas, acrescentamos sinônimos de órgãos e práticas sexuais que a revista em quadrinhos ‘Chiclete com Banana’ publicava. Pronto: nasceu “Pornophonias”, uma esquete ligeira, engraçada, provocante, apresentada para público adulto, é claro. Encenamos em vários lugares, até fora de Londrina. Lembro que a estreia foi na Lido, sebo / livraria que era da Beth e da Cláudia Silva, e que ficava no Centro. Foi um pequeno sucesso. Divertidíssimo. Para o público e para nós.
Luciano Bitencourt, jornalista, ex-ator do Boca de Baco.